Eu quero olhar o amanhã quando ele chegar do jeito que ele vier; com ou sem o sol;
Nublado, chuvoso, quente ou frio, com ventos fortes ou com brisas amenas;
Com o sol queimando minha pele, ou até mesmo o vento desmanchando meus cabelos, não importa;
Amanhã eu quero olhar as flores do jeito que elas são. Com ou sem perfumes, não importa;
Elas são belas e charmosas de qualquer tamanho ou cor isso não faz diferença;
Porque elas foram criadas para serem admiradas e darem sentido a vida.
Na primavera elas são decantadas pelos poetas;
Os românticos utilizam-se delas para agradarem seus pares;
Nas grandes florestas elas têm suas importâncias.
Para as borboletas as flores são confidentes;
Para as abelhas elas são matérias-prima que adoçam a vida;
Para os colibris elas são enamoradas;
Trocam beijos e caricias num balançar de corpos que inebriam nossos olhares curiosos;
O que será que há em comum entre eles?
Por fim as flores são o que são;
Silenciosas que falam a linguagem da ternura e se fazem compreender sem emitirem sons.
Nos grandes jardins das suntuosas mansões, sem nenhum esforço, elas são descobertas e admiradas;
Nos pequenos casebres, num jarro qualquer, elas recebem carinho e atenção;
Elas têm vidas e representam a vida daquelas pobres vidas que ali vivem;
Em qualquer lugar que as flores estão, elas mandam recados para você, que vive triste e desolado;
Olhem para a vida e vivam intensamente o maior e mais belo presente que Deus nos dá gratuitamente.... a vida ao lado das flores.
Abril de 1999
JAIRO BORGES.