quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O FIM


Aquele olhar de poeta,

cheio de inspiração sutil,

seu desejo e meta,

era deixar teu coração a mil.


Era amigo do vento,

da nuvem passageira, irmã,

caminhava lento,

e vivia rodeado de fã.


Teve muitos amores, hoje esquecidos,

outros tantos por aí deixados,

iludindo, chamava-os de queridos,

nos versos fingidos e apaixonados.


Morreu despresado por seus ex-amores,

esquecido ficou num jazigo,

sem velas, sem cruz, sem flores,

sem lembranças, e sem amigo.


Jairo Borges

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