sábado, 1 de maio de 2010

ERA ASSIM

Eram duas covinhas no rosto
Dois pequenos olhos acastanhados
Cintilante qual lua do mês de agosto
Que nos deixaram atrapalhados.




Tua imagem em mim ficou,
Você passeando por entre os arvoredos,
Pisando sobre a relva em flor,
Sem preguiça, despreocupada, sem medos.


Espero um dia ainda encontrá-la,
De súbito ou num rápido relance
Para numa curta frase dizê-la
Em silêncio, em segredo, ou em pequena nuance.


Tudo aquilo que nós não falamos
Dos teus olhos, olhando para os meus
Do silêncio quando nós nos entregamos
Que mundo era aquele meu Deus?


Jairo Borges
fevereiro de l989

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