No caminhar elegância e pureza
Nos olhos fragmentos de poesia,
No sorriso o encanto de tua beleza.
Ao analisar-te vi o mundo flutuar
Atônito, fiquei inerte a meditar.
Dai pensei!
Se tudo eu podesse parar,
Imediatamente o tempo eu pararia
Só para ter tempo de lembrar
Dos olhos alegres de Nedinha
Verdinhos e daquela cor
Iguais a dois botõezinhos de flor.
Como foi divertido imaginar
A respeito daquela doce criatura
Perdidamente parada a me fitar
Será possível num ser tanta candura?
Tudo não passou de uma brincadeira ou fantasia
De um ser não existente que eu cognominei de poesia
Jairo Borges.
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